sábado, 30 de julho de 2011

Porto, terra de lendas II

Já Floriam do Campo - ainda segundo Bernardo de Brito - diz que os fundadores de Gaia foram os gregos pela mão de Etólia, companheiro de Ulisses na guerra de Tróia, que teriam passado à Itália, depois à Gália e por fim às Hespanhas onde teriam fundado Tide, depois Tude e hoje Tui, nome de homenagem a Tideo,  pai do dito Diomedes. Ora se Troia caiu em 1184 antes de Cristo, já se vê que estes sucessos se deram há muito tempo.
Depois vieram os ditos gregos pelas terras de entre o Douro e o Minho, acabando por passar o rio e fundar Graia, terra de gregos, ou Porto - Graios, isto é porto grego.
Pinho Leal não quer que tenha existido Cale na outra banda, louvando-se nas actas do primeiro concílio bracarense de 459, onde o 2.º Bispo do Porto se assina Arisbertus, Episcopus Portucalensis o que provaria ser Portu-Cale ao norte do rio. Só que não era o rio que impediria o bispo de mandar na povoação se ela fosse ao sul.
Aliás, parece que a parte ribeirinha de Gaia pertenceu ao Porto até muito tarde, começando a vila de Afonso III lá mais para o alto das arribas.

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